O
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu reduzir a
taxa básica de juros da economia brasileira, Selic, de 13,25% ao ano para
12,75% ao ano
Temos acompanhado ao longo deste ano a expectativa sobre a
queda da Selic. No mês passado (Setembro), o Comitê de Política Monetária
(Copom), do Banco Central (BC) decidiu reduzir a taxa básica de juros da
economia brasileira, Selic, de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. O corte de 0,5
ponto é o segundo seguido anunciado pelo órgão. Mas o que isso significa para o
mercado imobiliário?
Antes de discorremos sobre a resposta a esta pergunta, a
expectativa é que a Selic termine ao final de 2023 em 11,75% ao ano e que ao
final de 2024 a taxa chegue a 9% ao ano. Esta estimativa é do próprio Boletim
Focus divulgado pelo Banco Central.
Dando inicio a possíveis respostas sobre a pergunta acima,
juros mais baixos significam crédito imobiliário mais barato tanto para o
adquirente final de um imóvel quanto para quem produz estes imóveis
(loteadores, incorporadores, construtores e demais segmentos ligados à
construção civil).
Grande parte dos adquirentes de imóveis hoje o fazem
realizando como parte de pagamento com financiamento bancário. A queda dos
juros permite que mais pessoas tenham acesso ao crédito, as parcelas dos
imóveis ficam mais baratas e o volume de crédito do tomador do financiamento
fica maior do que com juros mais altos.
Estudo realizado pela Abrainc demonstra que a cada 1% de
redução na taxa de juros do crédito imobiliário, aumenta-se a demanda por mais
1 milhão de novas habitações. Com a redução dos juros do crédito imobiliário, o
mercado se aquece e, com isso, os imóveis voltam a se valorizar de forma mais
intensa.
Aqui no Espirito Santo temos visto notícias de que a capital
e o município de Vila Velha estão entre as cidades com maior valorização
imobiliária nos últimos tempos.
Isto deve continuar. As dificuldades em encontrar novas
áreas para desenvolvimento imobiliário, as restrições dos planos diretores e a
burocracia encontrada em alguns municípios para a aprovação de novos projetos e
novos licenciamentos ainda potencializam esta valorização. Se o volume de
imóveis em produção for menor que o volume de vendas, a valorização é certa.
Outro ponto relevante sobre a queda da Selic é que as
aplicações financeiras seguem diminuindo suas rentabilidades fazendo com que
investidores busquem novas alternativas de investimento. Vimos no passado
recente que muitos voltam com bastante fôlego para o mercado imobiliário.
Portanto novos lançamentos, novos produtos e um aquecimento maior podem estar
por vir.
Bom, para quem está esperando por uma oportunidade, achando
que os preços irão se manter ou mesmo diminuir, acho melhor uma reflexão. O
momento merece uma atenção especial e sugiro que aqueles que desejam fazer um
melhor negócio que o melhor é se anteciparem ao cenário que está por vir.
Fonte: Eduardo Fontes, presidente da Ademi-ES.