terça-feira, 14 de março de 2017

Secovi-SP reitera projeção de crescimento de 5% a 10% no mercado imobiliário

O presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Amary, reiterou nesta terça-feira, 14, a projeção de crescimento de 5% a 10% nas vendas e nos lançamentos do mercado imobiliário residencial da capital paulista em 2017. “Estamos no fim de um ciclo de baixa e iniciando um ciclo de recuperação”, afirmou, durante entrevista à imprensa.
A perspectiva de crescimento neste ano já vinha sendo citada pelo sindicato desde o fim de 2016, em meio aos primeiros sinais de melhora do quadro econômico nacional e estabilização política. Nesta terça, Amary afirmou que esse ambiente de melhora tem se confirmado, com manutenção na trajetória de queda da inflação e da taxa de juros, elementos que devem estimular a comercialização de imóveis daqui para frente. Por outro lado, ele destacou que o setor só voltará a reaquecer, de fato, com a volta da criação de empregos e a recuperação da renda da população, o que é esperado apenas para o segundo semestre deste ano.
Se a projeção de crescimento do mercado imobiliário em 2017 for confirmada, representará uma virada para o setor, que diminuiu de tamanho por três anos consecutivos. De acordo com dados publicados hoje pelo Secovi-SP, os lançamentos de imóveis residenciais em São Paulo somaram 17,6 mil unidades em 2016, queda de 23,3% em relação às 23,0 mil unidades de 2015. Em 2014, os lançamentos atingiram 34,0 mil unidades, e em 2013, 34,2 mil.
Já as vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista totalizaram 16,0 mil unidades em 2016, retração de 19,7% frente às 20,1 mil unidades comercializadas em 2015. Em 2014, as vendas somaram 21,6 mil unidades, e em 2013, 33,3 mil. Com esse resultado, as vendas em 2016 foram as mais baixas da série histórica, com início em 2004.
O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, observou que os níveis de comercialização chegaram a um nível muito abaixo da média, o que indica que há uma grande demanda reprimida. “É justamente essa demanda que voltará a reaquecer o mercado em algum momento futuro”, explicou.
Petrucci acrescentou que o sindicato cogita elevar, em junho, a projeção de crescimento no mercado imobiliário ao longo do ano, dependendo do ritmo de recuperação da economia brasileira, mas frisou que não espera nova retração no setor. “Nos meses anteriores, nós considerávamos a possibilidade de rever essa projeção para baixo, dado o nível elevado de incertezas. Agora, se mudarmos a projeção, é mais provável que seja para cima. Seguramente, o fundo do poço foi o ano passado.”
Fonte: Isto é Dinheiro
http://imobilli.imb.br/

domingo, 12 de março de 2017

Mercado comercializa 52% do total lançado em São Paulo

Caroline Monteiro
ESPECIAL PARA O ESTADO
No período de janeiro de 2016 a janeiro deste ano, inclusive, foram lançados 22.431 apartamentos na capital, em 494 novos empreendimentos. Deste total, 11.602 unidades foram vendidas, ou 52% do total. Assim, o estoque corresponde a 48% de tudo que foi lançado no período.
O dado é de pesquisa realizada com exclusividade para o Estado pela Geoimovel – VivaReal. “Considerando o momento econômico, esse é um resultado saudável. Os estoques estão bem resolvidos”, diz a chefe de inteligência de mercado da VivaReal, Aline Borbalan.
Em relação ao número de lançados, ele é 7% menor do que o de igual período anterior a janeiro de 2016. Para o diretor da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Fernando Moura, esse quadro indica ajuste do mercado à crise. “Quando a economia piora, o crédito imobiliário cai, mas o setor se adapta e lança menos.”
Para Moura, o número é o esperado. “Em 2010 ou 2011, teríamos vendido próximo a 100% dos imóveis. Mas neste cenário, 48% de estoque é razoavelmente positivo.”
Olhando para a pesquisa, o último trimestre de 2016 teve resultados de destaque, segundo o coordenador do Instituto de Finanças da FGV, João Douat. Foram lançadas 10.202 unidades entre outubro e dezembro, ou seja, 45% do total. Nesse pequeno intervalo, 48% já foram vendidos. “Os dados mostram que os lançamentos e as vendas no final do ano foram bem. Pode ser um sopro de esperança.”
Em novembro, a taxa de juros caiu de 14% para 13,75% e o teto de financiamento de imóveis pelo FGTS aumentou. Segundo Douat, essas mudanças no fim do ano passado podem ter impactado rapidamente o mercado imobiliário.
Regiões. A zona leste foi a região que mais recebeu lançamentos, com 30% do total nos 13 meses da pesquisa, seguida da zona sul, com 26%. A região leste é a mais populosa da cidade, mas fica em segundo lugar em tamanho.
“Trata-se de um local com menor poder aquisitivo do que as zonas sul e oeste, então as incorporadoras lançam unidades mais populares e de baixo padrão. É uma estratégia”, diz Aline. “A zona sul, com a maior área da cidade, sempre teve um histórico de lançamentos maior. Mas desde 2015 a zona leste vem em primeiro.”
Planta. O queridinho das construtoras e do público foram os apartamentos de 2 dormitórios, que representaram 64% (14.348 unidades) do total lançado na cidade; desses, 54% (6.665 unidades) já foram vendidos. “É o normal do mercado e isso vem se repetindo desde 2006”, diz Aline.
Segundo Moura, esse tipo de imóvel é curinga e serve a vários tipos de família. “Ele é procurado pelo casal jovem, pelo solteiro que prefere ter um quarto de hóspedes, pela família com até dois filhos pequenos ou por aqueles cujos filhos cresceram e já saíram de casa. O apartamento de 2 dormitórios atende a quase todos os públicos.”
Os imóveis de 1 dormitório correspondem a 13% dos lançamentos; os de 3 dormitórios, a 19% e os de 4 dormitórios, 4%. “Desde 2012, os apartamentos com área privativa reduzida, de até 40 m², com 1 dormitório, estão sendo produzidos em maior escala”, diz Aline. Foi a faixa que mais vendeu (66%), ante os 53% de venda das unidades entre 41 e 50 m² e os 44% dos imóveis de 51 a 70 m².

Segundo Moura, é uma adequação do mercado ao bolso do consumidor. Mas, ao mesmo tempo, as pessoas hoje precisam de menos espaço, defende. “Por exemplo, antes, eram os discos de vinil que precisavam de um lugar maior para serem armazenados. Hoje, com serviços de streaming, as coleções de música estão guardadas na nuvem, sem ocupar espaço nenhum dentro de casa.”
Outro dado importante da pesquisa analisado por Aline é o número de lançamentos com mais de 150 m². “A cidade não tem sido abastecida por esse tipo de planta desde 2008. Em 2016, correspondeu apenas a 2,3% do total lançado. Isso indica que a procura por imóveis grandes pode aumentar nos próximos períodos.”
Para Moura, essa mudança pode ser também consequência do novo Plano Diretor, que incentiva o lançamento e a construção de apartamentos menores ao longo dos corredores de transporte.
Crédito. Em 2016, o crédito imobiliário caiu 38%, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Como quase 70% das compras de imóveis são financiadas, segundo Aline, a tendência era que o número de lançamentos diminuísse mesmo.
No entanto, 2017 pode trazer melhora, mesmo que moderada, de 5% no crédito imobiliário. “Nossas pesquisas mostram que os consumidores estão otimistas e que não acham que os preços vão cair. Então, quem realmente deseja comprar imóvel, deve fazer isso nos próximos seis meses”, diz.
Imóveis de até R$ 225 mil foram as maiores apostas das incorporadoras
Foram lançados 6.646 apartamentos de até R$ 225 mil em 2016, na capital. Desse número, 4.306 já foram vendidos (65%) e 2.340 estão em estoque. Os valores são os maiores dentre as outras faixas de preço e correspondem a 30% do volume total de lançamentos.
Segundo a chefe de inteligência de mercado da VivaReal, Aline Borbalan, a justificativa é que, como esses imóveis atendem uma cama maior da população, eles têm grande velocidade de venda. Também correspondiam ao teto financiável pelo programa de habitação do governo federal Minha Casa Minha Vida (MCMV). Em fevereiro, o Ministério das Cidades afirmou que o novo limite pode chegar a R$ 300 mil, e isso pode influenciar novamente o mercado de imóveis populares.
Para o coordenador do Instituto de Finanças da FGV, João Douat, essa parcela da população não sentiu tanto os efeitos da crise, pelo menos no setor imobiliário. Apesar da queda de 38% no crédito imobiliário, segundo dados da Abecip, financiamentos pelo FGTS aumentaram.
Em 2015, haviam sido financiados R$ 54 bilhões pelo Fundo de Garantia, para comprar imóveis do programa. Em 2016, o valor passou para R$ 64 bi.
“Esses apartamentos casam com a necessidade da população por casa própria. Além disso, eles têm a facilidade de ter uma fonte de financiamento com juros mais baixos. Com a possibilidade do auxílio do FGTS, a performance desses imóveis é melhor”, diz Douat.
Para atender esse público e para continuar lançando novos empreendimentos, as incorporadoras apostam em estratégias que envolvem o MCMV. “É claro que não é toda empresa que vai investir no Minha Casa, porque algumas não trabalham com esse perfil de empreendimento, mas outras incorporadoras estão aproveitando para mudar o foco dos lançamentos.”
Em 2017, com os novos limites do MCMV e do financiamento pelo FTGS, a tendência é a mesma. “São imóveis menores, com mais fontes de financiamento e com o subsídio do programa. Isso impacta nos resultados”, diz Douat.
O aumento do valor dos imóveis é inversamente proporcional a quantidade de unidades lançadas. A faixa de R$ 226 a R$ 350 mil recebeu 4.973 apartamentos na planta. Desses, 48% já foram vendidos.
No intervalo seguinte, com imóveis que custam de R$ 351 a R$ 500 mil, foram lançados 4.356 apartamentos, dos quais 41% foram comercializados.
O salto aparece na faixa entre R$ 501 e R$ 750 mil. Das 3.616 unidades lançadas, 51% estão vendidas.
De R$ 751 mil a R$ 1 milhão, foram lançados 1.056 apartamentos; 48% foram comprados. Entre R$ 1 e R$ 1,5 milhão, as incorporadoras lançaram 1.075 imóveis e venderam 43%. Em menor número, aparecem as unidades que custam acima de R$ 1,5 milhão, com 45% de comercialização. Essa é a faixa apontada por Aline como não atendida pela cidade desde 2008.
Fonte: economia.estadao.com.br

quarta-feira, 8 de março de 2017

"O PAI PERDOA"

"O PAI PERDOA"


     Escute, filho: enquanto falo isto, você está deitados, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no sue quarto. Há poucos minutos, enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.
     Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei furioso com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão.
     Durante o café da manhã, também impliquei com algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou a mão e disse: "Tchau, papai!" e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: "Endireite esses ombros!"
     De tardezinha, tudo recomeçou. Voltei e, quando cheguei perto de casa, vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos, fazendo-o entrar na minha frente. As meias são caras - se você as comprasse tomaria mais cuidado com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai!
     Mais tarde, quando eu lia na biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta: "O que é que você quer?", perguntei implacável. Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou os braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se subindo correndo os degraus da escada.
   Bem, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um mendo terrível e nauseante tomou conta de mim. O que o hábito estava fazendo de mim? O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas - era dessa maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava de mais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida. 
     E havia tando de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e dar-me um beijo de boa-noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado! É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um papai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, riei quando você rir. Morderei minha língua quando palavras impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: "Ele é apenas um menino - um menininho!"
     Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amendrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito.
                                                                                                            (W. Livingston Larned)

    Em lugar de condenar os outros, procuremos compreendê-los. Procuremos descobrir por que fazem o que fazem. Essa atitude é muito mais benéfica e intrigante do que criticar; e gera simpatia, tolerância e bondade. "Conhecer tudo é perdoar tudo".
    Como disse o dr. Johnson: "O próprio Deus, senhor, não se propõe julgar o homem até o final de seus dias".
    Por que faríamos isso, você e eu?

Não critique, não condene, não se queixe.   E seja feliz!

sábado, 4 de março de 2017

Saiba como identificar as fases do mercado imobiliário e o melhor período para comprar

Depois de sofrer com a crise econômica em 2016, o mercado imobiliário finalmente tomou uma direção positiva. Mas, devido a esse caráter imprevisível, é preciso compreender cada uma de suas fases para determinar qual o melhor período para comprar um imóvel, sem cair em armadilhas. Para a advogada Joyce Bahiense, da empresa especializada em regularização de imóveis MR Consultoria, 2017 e 2018 são os anos ideiais para quem deseja e tem condições de investir ou de comprar um imóvel para morar. Veja quais são as fases do mercado imobiliário e como saber quando investir na casa própria:



Expansão
Joyce explica que a fase de expansão é marcada pelo encarecimento dos preços dos imóveis e início de aumento das ofertas:
- É quando as construtoras, com incentivos financeiros, dão início aos investimentos no setor, aumentando o número de lançamentos e a concorrência no mercado. Com estoque ainda alto, existem boas ofertas.

Boom imobiliário
Segundo a consultora, em um contexto de economia aquecida, mercado de trabalho estável, incentivo para o crédito e consequente baixa dos juros, o Brasil passou pela fase do boom imobiliário entre 2008 e 2013, período de expectativas pelos grandes eventos que o país receberia (Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos Rio 2016).

Excesso de oferta
Em seguida, foi a vez do excesso de oferta, quando os preços dos imóveis se estabilizaram. Embora o contexto ainda seja caracterizado por otimismo com relação à economia, o número de imóveis vagos aumentou e a construção desacelerou.
- As construtoras ficam com um número elevado de empreendimentos para serem entregues, gerando um estoque maior. O crédito para novas construções também diminui e o endividamento aumenta - destaca Joyce, acrescentando que esta fase ocorreu a partir de 2013, quando a economia começou a dar sinais de desaquecimento e, principalmente, em 2015, ao se comportar como uma curva descendente.

Recessão
Em 2016, o país viveu a fase de recessão, com queda nos preços dos imóveis, enquanto a oferta continuava a crescer. Com o intuito de alavancar a economia, ainda no ano passado começaram a ser promovidos incentivos para as linhas de crédito, estimulando, portanto, a expansão do setor.
- Foi uma tentativa de reaquecer o mercado, porém esbarramos nas taxas de juros elevadas - diz Joyce.

Fonte: http://extra.globo.com/noticias/economia/minha-casa-minhas-duvidas/saiba-como-identificar-as-fases-do-mercado-imobiliario-o-melhor-periodo-para-comprar-21003352.html#ixzz4aMEMz03K